sábado, 15 de maio de 2010

Incêndio no Instituto Butantan destrói maior acervo de cobras do país

Fogo queimou 70 mil espécies conservadas em formol na Zona Oeste de SP.Chamas atingiram laboratório de répteis; causas do fogo serão apuradas.
Fiquei muito, muito triste! Foi uma grande perda!
O incêndio que atingiu o laboratório de répteis do Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, no início da manhã deste sábado (15), destruiu um dos principais acervos de cobras, aranhas e escorpiões para pesquisas do mundo e o maior do Brasil. Mais de 70 mil espécies conservadas foram queimadas no local. Os bombeiros foram chamados e controlaram as chamas. Ninguém ficou ferido.
As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas. Uma perícia irá determinar o que pode ter provocado o fogo.

Para entrar no laboratório, os bombeiros tiveram que quebrar as paredes. No fim da manhã, ainda havia alguns focos de incêndio no local. Quando o fogo começou, o prédio estava vazio. “Precisamos afastar as pessoas porque havia risco de o prédio desabar”, afirmou o capitão dos bombeiros Miguel Jodas. Nove equipes dos bombeiros foram ao local.
As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas. Uma perícia irá determinar o que pode ter provocado o fogo.

Para entrar no laboratório, os bombeiros tiveram que quebrar as paredes. No fim da manhã, ainda havia alguns focos de incêndio no local. Quando o fogo começou, o prédio estava vazio. “Precisamos afastar as pessoas porque havia risco de o prédio desabar”, afirmou o capitão dos bombeiros Miguel Jodas. Nove equipes dos bombeiros foram ao local.
Cobras, aranhas e escorpiões
As chamas atingiram o prédio onde cientistas faziam pesquisa com cobras, aranhas e escorpiões. Os animais já mortos eram conservados em formol. As perdas ainda estão sendo contabilizadas, mas já se sabe que o incêndio destruiu o maior acervo de cobras do país.
Ainda abalado, o curador do instituto diz que a perda é incalculável. “São cem anos de história. Não sei dizer mais nada”, disse Francisco Franco, curador da coleção.
Leia a matéria completa no site da globo:

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Estudo revela repelente de camundongo




Pode ser o primeiro passo para a aposentadoria das ratoeiras e do chumbinho: substâncias cujo odor é capaz de encher de medo os corações dos camundongos, identificadas por um brasileiro da Unicamp e dois colegas nos EUA. Pode ser o primeiro passo para a aposentadoria das ratoeiras e do chumbinho: substâncias cujo odor é capaz de encher de medo os corações dos camundongos, identificadas por um brasileiro da Unicamp e dois colegas nos EUA.

Previsivelmente, os gatos têm alguma coisa a ver com isso. Uma das proteínas isoladas por Fabio Papes e seus companheiros americanos vem do organismo do felino, enquanto a outra é de outro inimigo natural dos camundongos: o rato.

"Sim, os ratos são predadores dos camundongos", esclarece Papes, 34. Não confunda as espécies: os ratos, bem maiores e mais agressivos, às vezes são chamados de "ratazanas" no Brasil. Farejar o xixi do roedor maior é suficiente para fazer os camundongos tremerem.
Foi da urina dos ratos, aliás, que veio a "proteína do medo" (no caso dos gatos, ela foi isolada da saliva). A descoberta é a capa da última edição do periódico científico "Cell", um dos mais importantes no mundo.Além das possíveis implicações práticas -a criação do tal repelente de roedor, por exemplo-, o estudo revela uma forma intrigante de "espionagem" química da presa contra o predador. Ela tira partido de um sistema que parecia estar restrito à comunicação dentro da sua espécie algoz.
Esse sistema envolve os chamados feromônios, mensageiros químicos captados por um órgão especial nas narinas de muitas espécies de animais. (Segundo Papes, ainda não está claro se a versão humana desse órgão serve para alguma coisa.)
"É comum chamarmos os feromônios de odores, mas não é possível entrar na cabeça do bicho e saber se ele percebe aquilo da mesma maneira que um cheiro qualquer", explica o pesquisador da Unicamp.
Toda a reportagem pode ser conferida em:

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Falta de investimento ameaça ciência no RS

Luiz Eugenio de Araujo Mello* e Débora Foguel**
A eliminação das desigualdades é um bem maior que aflige todo indivíduo dotado de consciência moral e social. Em termos de desenvolvimento na área de Ciência e Tecnologia (C&T), o Brasil é um país tão desigual como em várias outras dimensões. Muitos são os instrumentos e os indicadores que podem ser usados para se mensurar essa desigualdade. Em alguns casos, o que se faz necessário é o aporte de mais recursos para a superação das desigualdades. Esses recursos advêm de fontes federais, mas também do reconhecimento de governos locais. Em outros casos, é a vinculação de pesquisadores a novos núcleos e unidades de pesquisa que se faz necessário. Certamente, unidades da federação com maior tradição e história em termos de atividades de C&T têm nitidamente um desenvolvimento compatível com essa tradição. Com certeza também o tamanho da economia e da população de um dado estado brasileiro igualmente contribuem para definir esse nível de desenvolvimento em diversas áreas da atividade humana, incluindo C&T.
Isto posto, é de esperar que unidades da região Norte, com menor dimensão populacional e econômica, sejam caudatárias em desenvolvimento de C&T, qualquer que seja o parâmetro de medida. De fato, um desses indicadores de qualificação, que é o número de bolsistas de produtividade do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), revela que em 2007 o Amapá não tinha qualquer bolsista nesse nível e o Acre apenas um. Como investir recursos e desenvolver C&T se não há sequer os indivíduos em quem investir? Buscando diminuir essas imensas disparidades, já há algum tempo o Governo Federal adota uma série de medidas na alocação de recursos do CNPq, Capes e Finep. Não podemos deixar de mencionar os projetos Casadinhos e Procad implementados pelo CNPq e Capes, respectivamente, visam aproximar cursos de pós-graduação em desenvolvimento com aqueles consolidados, com intercâmbio de pessoal em ambas as direções e alocação de recursos para proporcionar o crescimento prioritário dos primeiros. Os resultados dessas e de outras iniciativas do governo são notáveis, ainda que a maturação dessas ações tenha em geral um longo prazo para serem percebidas por todos.
Incentivados por essas medidas, vários estados nuclearam ou reativaram suas Fundações de Amparo a Pesquisa (FAP) e com isso multiplicaram os recursos aportados pela União. A existência das FAPs mudou o panorama comparativo do desenvolvimento em C&T no país. Por ter sido a capital federal e por longa tradição histórica, o Rio de Janeiro era, até meados da década de 1960, o líder na produção de C&T. A sua superação por São Paulo nesse período deveu-se, sobretudo, a inspirada criação da Fapesp no final da década anterior. De acordo com os dados do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), em 2007, o investimento em São Paulo em C&T somou R$ 3,5 bilhões. Comparativamente, todos os demais estados juntos investiram R$ 2,2 bilhões. A conseqência natural é a criação de um ambiente propício para a instalação de indústrias de alta tecnologia, desenvolvimento humano e econômico, contribuindo para o estabelecimento de um círculo virtuoso.
Incentivados por essas medidas, vários estados nuclearam ou reativaram suas Fundações de Amparo a Pesquisa (FAP) e com isso multiplicaram os recursos aportados pela União. A existência das FAPs mudou o panorama comparativo do desenvolvimento em C&T no país. Por ter sido a capital federal e por longa tradição histórica, o Rio de Janeiro era, até meados da década de 1960, o líder na produção de C&T. A sua superação por São Paulo nesse período deveu-se, sobretudo, a inspirada criação da Fapesp no final da década anterior. De acordo com os dados do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), em 2007, o investimento em São Paulo em C&T somou R$ 3,5 bilhões. Comparativamente, todos os demais estados juntos investiram R$ 2,2 bilhões. A conseqência natural é a criação de um ambiente propício para a instalação de indústrias de alta tecnologia, desenvolvimento humano e econômico, contribuindo para o estabelecimento de um círculo virtuoso.
O restante do artigo pode ser conferido no site da FeSBE:

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O laboratório de Pandora

Estudos sobre a ciência no feminino.
Autora: Tabak Fanny
A professora Fanny Tabak tem motivo para ver coroados de êxito seus esforços na valorização do trabalho da mulher na sociedade moderna, particularmente na vida acadêmica. O laboratório de Pandora é sem dúvida um livro de referência a ser usado por pesquisadores, administradores acadêmicos e de órgãos de fomento à pesquisa que estejam dispostos a oferecer iguais oportunidades na vida acadêmica a homens e mulheres.
Prólogo ^^
Peguei esse livro hoje pra ler, depois de folhear uma revista Galileu de 2000 e bolinhas (rs, não me lembro, mas já era velha) e ver esta indicação lendo sobre os prêmios nobels conquistados por mulheres, cientistas, biólogas, químicas, médicas... enfim, mulheres que seguiram seus sonhos e conquistaram seus lugares no mundo, além de transformar vidas e vidas com suas descobertas. Fascino-me por essa área! Quero trabalhar com pesquisas à princípio e depois ou durante, quero me dedicar a biologia médica (biomedicina). Quero acrescentar a vida das pessoas e não me venham dizer que é utopia, pois, os sonhos nos levam a caminhar e caminhando nós encontramos portas (abertas ou não), mas, arriscamos. O primeiro passo é saber para onde se quer ir...
Leiam, pois, o livro é muito legal!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Ciclo de Debates 2010 – Repensando o Desenvolvimento frente ao Encontro de Copenhage

2º Encontro – 12/05/2010
“Desfiguração da legislação ambiental”
Palestrantes:

Ivo Lessa Silveira Filho
Pós-graduado em Gestão do Agronegócio pela Ufrgs e em Gestão Ambiental pela Ulbra – é consultor técnico da Farsul (à qual representa no Consema) e membro da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA. Além disso, é representante dos produtores rurais no Comitê de Gerencimento da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba e assessor técnico do deputado Berfran Rosado na Assembléia Legislativa.
Júlio Alfredo de Almeida

Bacharel em Direito pela Pucrs, tem curso preparatório da Escola Superior do Ministério Público e pós-graduação em Direito Comunitário: especialização em Infância e Juventude pela ESMP. Foi assessor superior da Secretaria de Estado dos Assuntos da Justiça, chefe de gabinete da Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul e consultor jurídico da Câmara Municipal de Vereadores de Torres. É promotor de justiça desde 1994, tendo entre outras atribuições a de coordenar o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, do Ministério Publico do Rio Grande do Sul.
Provocador
Beto Moesch

Consultor em direito e legislação ambiental, membro do Conama e autor e co-autor de diversas leis estaduais e municipais sobre meio ambiente. Foi vereador de Porto Alegre (2001-2008), secretário municipal do Meio Ambiente (2005-2008, tendo coordenado a elaboração do Código Florestal do Estado. Faz palestras sobre o tema em universidades e tem vários artigos publicados em jornais, revistas e livros.
Programação
8:30 – 9:00 – Café de boas vindas
9:00 – 9:50 – Palestra
9:50 – 11:00 - Debates
Local
Fundação Getúlio Vargas – Av. Praia de Belas, 1510, Porto Alegre, RS.
Inscrições e Informações
Inscrições gratuitas através do e-mail: abes-rs@abes-rs.org.br ou fone: (51) 3212 1375 Certificado de participação aos que tiverem mais de 75% de presença no Ciclo de Debates. Vagas limitadas.

A EDUCAÇÃO CONTRA O RACISMO

A EDUCAÇÃO CONTRA O RACISMO
José Sérgio Rocha
O que a Educação pode fazer para sepultar o racismo? Essa pergunta foi feita na lata a dois intelectuais e polemistas pra lá de respeitáveis: Nei Lopes e Demétrio Magnoli. Discordam em quase tudo o que diz respeito à questão, começando pela política de cotas. Mas concordam num ponto: o racismo deve ser combatido nas salas de aula.
Ambos oferecem argumentos substanciais aos leitores de seus artigos, publicados com frequência em grandes órgãos da imprensa.
Aspas para Nei Lopes, que nos anos 1970 trocou a carreira de advogado para tornar-se um dos grandes nomes da música popular brasileira. Ensaísta, ficcionista, dicionarista e militante pelos direitos civis dos afrodescendentes, ele propõe:
– O que a Educação pode e deve fazer é desconstruir o racismo. Primeiro, admitindo que a África foi berço de civilizações importantes, que influíram decisivamente nos destinos da Humanidade. Admitindo isso, vamos deixar de estudar o contexto africano apenas a partir da escravidão instituída pelos europeus e a partir de sua ação imperialista e genocida. Esse é o ponto fundamental: estudar, ensinar a História da África. A partir daí é que vai se começar a levantar a autoestima do povo negro e desconstruir o racismo, inclusive abrindo a Universidade aos afrodescendentes, para que nós sejamos, de fato, as vozes dessa revelação.
Aspas para Demétrio Magnoli, sociólogo, doutor em Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo, que propõe:
– A Educação pode contribuir para o combate ao racismo se as aulas de Biologia forem bem ministradas. Elas mostrarão que a crença em raças humanas é um fruto da ignorância. A Educação pode contribuir para o combate ao racismo se as aulas de História forem bem ministradas. Elas mostrarão que o racismo é um produto histórico recente, do século XIX, e que a raça é uma invenção do racismo. Acima de tudo, a Educação pode contribuir para o combate ao racismo se a escola for um espaço de afirmação da cidadania, cuja base é o princípio da igualdade perante a lei. Mas, no Brasil das cotas raciais e da classificação racial compulsória dos estudantes, a escola tende a se converter num espaço de fabricação da crença em raças. Apesar da Biologia e da História.

E você, o que acha?

-Não só o racismo, mas, também todo tipo de preconceito deve ser ensinado a se combater.