sexta-feira, 14 de maio de 2010

Estudo revela repelente de camundongo




Pode ser o primeiro passo para a aposentadoria das ratoeiras e do chumbinho: substâncias cujo odor é capaz de encher de medo os corações dos camundongos, identificadas por um brasileiro da Unicamp e dois colegas nos EUA. Pode ser o primeiro passo para a aposentadoria das ratoeiras e do chumbinho: substâncias cujo odor é capaz de encher de medo os corações dos camundongos, identificadas por um brasileiro da Unicamp e dois colegas nos EUA.

Previsivelmente, os gatos têm alguma coisa a ver com isso. Uma das proteínas isoladas por Fabio Papes e seus companheiros americanos vem do organismo do felino, enquanto a outra é de outro inimigo natural dos camundongos: o rato.

"Sim, os ratos são predadores dos camundongos", esclarece Papes, 34. Não confunda as espécies: os ratos, bem maiores e mais agressivos, às vezes são chamados de "ratazanas" no Brasil. Farejar o xixi do roedor maior é suficiente para fazer os camundongos tremerem.
Foi da urina dos ratos, aliás, que veio a "proteína do medo" (no caso dos gatos, ela foi isolada da saliva). A descoberta é a capa da última edição do periódico científico "Cell", um dos mais importantes no mundo.Além das possíveis implicações práticas -a criação do tal repelente de roedor, por exemplo-, o estudo revela uma forma intrigante de "espionagem" química da presa contra o predador. Ela tira partido de um sistema que parecia estar restrito à comunicação dentro da sua espécie algoz.
Esse sistema envolve os chamados feromônios, mensageiros químicos captados por um órgão especial nas narinas de muitas espécies de animais. (Segundo Papes, ainda não está claro se a versão humana desse órgão serve para alguma coisa.)
"É comum chamarmos os feromônios de odores, mas não é possível entrar na cabeça do bicho e saber se ele percebe aquilo da mesma maneira que um cheiro qualquer", explica o pesquisador da Unicamp.
Toda a reportagem pode ser conferida em:

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